segunda-feira, 4 de julho de 2011

Pele de sapo pode tratar mais de 70 doenças, dizem cientistas

Publicado no Super Notícia em 04/07/2011

Proteína da epiderme de anfíbios inibe o crescimento de tumores; pesquisadores ganham prêmio pela descoberta

Cientistas da Queens University, na Irlanda do Norte, ganharam um prêmio pela pesquisa sobre o uso de pele de anfíbios como pererecas e sapos, que pode levar à criação de novos tratamentos para mais de 70 doenças.

A pesquisa, liderada pelo professor Chris Shaw, da Escola de Farmácia da universidade, identificou duas proteínas nas peles dos anfíbios que podem regular o crescimento de vasos sanguíneos.

Uma proteína da pele da perereca Phyllomedusa sauvagii (Hylidae) inibe o crescimento de vasos sanguíneos e pode ser usada para matar tumores cancerígenos.

Shaw informou que a maioria desses tumores apenas pode crescer até um certo tamanho, antes de precisarem de vasos sanguíneos fornecedores de oxigênio e nutrientes. "Ao paralisarmos o crescimento dos vasos sanguíneos, o tumor terá menos chance de crescer e, eventualmente, vai morrer", disse. "Isso tem o potencial de transformar o câncer de doença terminal em condição crônica", acrescentou.

Crescimento

A equipe também descobriu que o sapo Bombina maxima (Bombinatoridae) produz uma proteína que pode estimular o crescimento de vasos sanguíneos, o que pode ajudar pacientes a se recuperar de ferimentos e operações muito mais rapidamente. "Isso tem o potencial para tratar uma série de doenças e problemas que precisam do reparo rápido dos vasos sanguíneos, como cura de feridas, transplantes de órgãos, ulcerações diabéticas e danos causados por derrames ou problemas cardíacos", afirmou Shaw.

De acordo com o professor, os cientistas e companhias farmacêuticas do mundo todo ainda não conseguiram desenvolver um medicamento que possa, de forma eficaz, ter como alvo o controle do crescimento de vasos sanguíneos, apesar dos investimentos em torno de até US$ 5 bilhões por ano.

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