segunda-feira, 27 de junho de 2011

Filho de repórter da Globo não é de FHC

Por Altamiro Borges, em seu blog

Durante longos anos, a mídia demotucana simplesmente escondeu o caso extraconjugal do ex-presidente FHC com a repórter da TV Globo Miriam Dutra. A jornalista inclusive desapareceu das telinhas da poderosa emissora. Num furo de reportagem, a revista Caros Amigos foi a única que desnudou o episódio, tão constrangedor para os neoliberais metidos a moralistas. A bombástica revelação, porém, não teve qualquer repercussão na chamada grande imprensa.

Em 2009, o ex-presidente finalmente resolveu reconhecer o filho Tomás Dutra Schmidt, num cartório em Madri, segundo relatou numa notinha a jornalista Mônica Bergamo, da Folha. A mídia demotucana, sempre tão moralista nas críticas aos seus adversários políticos, novamente preferiu o silêncio. O caso não ganhou as manchetes dos jornalões nem foi motivo de escândalo nas emissoras de TV.

Agora, porém, surge um fato novo, inusitado. Segundo a mesma Mônica Bergamo, em sua coluna deste sábado (25), o filho da repórter da TV Globo que FHC escondeu durante tanto tempo e só reconheceu recentemente não é dele. Sem comentários. Vale ler a matéria da jornalista da Folha:

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Dois testes de DNA, feitos em São Paulo e em Nova York, revelaram que Tomás Dutra Schmidt, filho da jornalista Miriam Dutra, da TV Globo, não é filho do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Em 2009, FHC reconheceu Tomás como filho num cartório em Madri, na Espanha.

O jovem, que hoje tem 18 anos, pode usar o documento a qualquer momento para colocar o nome do ex-presidente em sua certidão, segundo interlocutores de FHC. A informação sobre os testes foi publicada na coluna Radar, da revista “Veja”.

Depois que o documento já estava pronto, os três filhos do tucano com Ruth Cardoso — Paulo Henrique, Beatriz e Luciana — pediram ao pai que fizesse um exame que comprovasse que Tomás era mesmo filho dele.

O ex-presidente concordou, imaginando com isso colocar fim a qualquer possibilidade de desentendimento entre os irmãos e Tomás.

O primeiro teste foi feito no fim do ano passado, em São Paulo. A saliva de FHC foi recolhida em São Paulo, e a de Tomás, em Washington, nos EUA, onde estuda, por meio do representante do escritório do advogado brasileiro Sergio Bermudes, que cuidou tanto do reconhecimento quanto dos testes feitos.

O primeiro exame deu negativo. FHC decidiu então se encontrar com Tomás em Nova York para um novo teste, que também deu negativo.

Fernando Henrique Cardoso estava disposto a manter a história restrita aos seus familiares. De acordo com interlocutores do ex-presidente, ele acha que o exame é uma mera negativa biológica, e não jurídica.

Ele está disposto a manter o reconhecimento de Tomás.

Seus herdeiros, no futuro, poderão questionar a paternidade com base nos testes de DNA.

O ex-presidente não falará nada sobre o assunto, pois entende que diz respeito apenas à sua vida privada.

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