terça-feira, 7 de junho de 2011

Um em cada quatro hackers americanos trabalha para o FBI

sai no G1

Editor da revista '2600' falou ao jornal 'The Guardian'.
FBI recruta hackers com ameaças de processos criminais.

Uma reportagem do jornal britânico “The Guardian” afirma que um em cada quatro hackers norte-americanos trabalha como informante para o FBI (polícia federal dos EUA). A informação é de Eric Corley, conhecido como “Emmanuel Goldstein” (personagem do livro 1984), um hacker que edita a revista 2600, uma publicação trimestral de segurança e informática, que comenta brechas em softwares e serviços.
Corley explica que hackers identificados pelo FBI são ameaços com processos judicias e possíveis sentenças que deixariam os criminosos durante anos na prisão. “Devido às punições duras envolvidas e a relativa inexperiência de muitos hackers com questões da lei, eles estão vulneráveis à intimidação”, disse Corley ao jornal.
Com agentes do FBI ou informantes infiltrados em várias esferas da criminalidade on-line, muitos criminosos estariam o tempo todo desconfiados de seus “parceiros”. O jornal cita o caso de Bradley Manning, acusado de vazar os telegramas das embaixadas norte-americanas ao Wikileaks. Manning confessou seus atos a Adrian Lemo, um hacker que já foi condenado pela justiça. Lemo entregou Manning às autoridades.

Hacktivismo

Uma empresa contratada pelo FBI, a InfraGard, sofreu uma invasão de seus sistemas. O grupo “Lulz Security” assumiu a responsabilidade do ataque, que ocorreu depois de o governo americano declarar que iria passar a considerar invasões como “atos de guerra”. O “Lulz Security” desafiou o FBI a declarar “guerra”.
Participantes do movimento “Anonymous” também estão na mira do FBI, segundo o jornal. Pelo menos 40 mandatos de busca e apreensão foram cumpridos nos EUA e mais cinco no Reino Unido em busca de participantes dos ataques que derrubaram empresas como Visa e Master Card em defesa ao portal Wikileaks.
“O FBI está sempre lá, sempre observando, sempre nas salas de conversa. Você não sabe quem é um informante e quem não é, e não sabe até em que ponto você está vulnerável”, afirmou Barret Brown, um “ex-Anonymous”, ao jornal “The Guardian”.

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