segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Kassab retira meia-passagem de estudantes da Unifesp


No site Causa Operária

Além de não terem salas de aulas, mais uma surpresa em 2012 para os estudantes da Unifesp: Kassab retira o direito de meia passagem para estudantes do campus de Guarulhos. Estudantes convocam ato contra a medida que em um dia mais de mil pessoas confirmaram presença

Os estudantes do campus de Guarulhos souberam por meio do portal da Sptrans (empresa de transportes públicos coletivos em São Paulo) que não terão mais o acesso a meia-passagem , garantida a todos os estudantes do País.

A desculpa do odiado Kassab é de que não há um sistema de controle na utilização desse direito e, portanto a prefeitura o cortou.

A verdade é que sequer está em discussão. Foi feito um comunicado de que a partir deste ano, os estudante e professores da Universidade Federal de S. Paulo não terão acesso ao desconto.

O campus foi criado em 2007 e tem uma expressiva parcela de estudantes e funcionários que moram e trabalham em São Paulo e vão para Guarulhos para estudar.

Uma conquista dos estudantes em greve foi ter um ônibus da faculdade que sai de São Paulo e se dirige até a unidade de Guarulhos para viabilizar o estudo de centenas de estudantes.

A unidade está com quase três mil estudantes e neste ano, com o aumento de mais 700, enfrentará a falta de salas de aula.

Agora mais esse presente do mini-ditador Gilberto Kassab, que para favorecer os empresários dos transportes retira esse direitos dos estudantes. É uma terra sem lei, cuja regras são inventadas de acordo com a conveniência e os interesses dos empresários e políticos burgueses.

Em resposta a esse ataque, os estudantes criaram na sexta-feira um evento na rede social Facebook de convocação de um ato em frente à casa do prefeito Kassab contra a decisão.

Em um dia são dez mil pessoas convidadas para o protesto e mais de mil confirmadas para dia 12 de janeiro às 17h.

Os estudantes já iniciam o ano sofrendo diversos ataques, pois a burocracia universitária e os governos são covardes e pretendem impedir a mobilização dos jovens durante as férias. Na USP o reitor-interventor do governo do Estado nas mãos do PSDB expulsou oito estudantes por protesto no dia 17 de dezembro e no dia 6 de janeiro retirou espaço dos estudantes com a colocação da PM para reprimir os estudantes que ocupavam o local.

O caminho para derrotar este ataque e a retirada desse direito é a mobilização e a luta dos estudantes.

Leia aqui o comunicado no portal da SpTrans

"Embora os cartões de Bilhete Único Estudante sejam unificados, para todos os sistemas de transporte coletivo urbano disponíveis na Cidade, o benefício é regulamentado por legislação municipal (sistema ônibus e micro-ônibus da Capital) e legislação estadual (sistema sobre trilhos – Metrô/CPTM).

A legislação municipal estabelece que para obter o benefício, os cursos estejam sediados no município de São Paulo, pois há necessidade de controle e fiscalização da concessão e uso do benefício, e o município não tem competência para fiscalizar cursos cujas sedes localizem-se em outras cidades. E não concede benefício aos professores.

Diante disso, estudantes que freqüentam cursos sediados fora do município de São Paulo não têm direito às cotas para o Sistema ônibus e micro-ônibus da capital, e professores não têm direito à cota para o sistema ônibus e micro-ônibus da capital porque a legislação municipal não permite.”

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